terça-feira, 2 de novembro de 2010

“...Como será o amanhã, me diga quem puder...”

Muitos casais quando tem o primeiro filho, e não possuem um rendimento financeiro suficiente para contratar uma babá, precisam retornar tão logo para o ofício e garantir o sustento do lar. Aí vem a grande questão: Com quem deixar o filho enquanto se está trabalhando??? É a partir daí que surgem os elementos principais deste texto. As avós!
É engraçado analisar a diferença entre educação de avós de algumas gerações, né? Vejamos. Para uma pessoa que hoje tem uns 25 ou 30 anos o que caracteriza que a sua criação foi feita pelas avós? Provavelmente muita cautela, respeito, desconfiança, cuidado e atenção. Os mais toscos geralmente associam ao homossexualismo principalmente (se não exclusivamente) o masculino, justamente pelo excesso de zelo. Essa é a pseudo-imagem de um adulto jovem hoje.
Fico pensando como será rotulada uma criança que nascerá em 2030 e sua criação feita pelos avôs. Ou seja, por nós, adultos jovens de hoje!
Aposto que muitos de vocês nunca pensaram nesse tipo de coisa.
É certo que antigamente não existia tanta circulação de informação como existe hoje, principalmente (ou quase exclusivamente) pelo advento da internet. A violência não estava tão aflora, as drogas era uso exclusivo dos pobres marginalizados e contaminava as regiões mais miseráveis. As amizades eram aquelas feitas no bairro ou no colégio, nem pensar em amiguinhos virtuais, conhecidos no orkut, facebok, twitter, ou coisa do gênero. Quem tinha o corpo tatuado era considerado malandro e os surfistas geralmente julgados como vagabundos. Hoje quem tem uma tatuagem é fashion (eu tenho uma!!!) e os surfistas são tratados,  merecidamente, como atletas de alto rendimento e reconhecimento internacional. Não sei se minhas avós entenderiam que os maiores traficantes não estão na favela e sim numa cobertura de frente pro mar na zona sul e que grande parte do consumo de drogas é feita pelos playboys.
Então, como será considerada nossa criação como avós? Como serão rotulados nossos netos?
Espero que meu tataraneto escreva algo parecido com o que termino agora, e que em sua geração não haja tanto espaço para preconceito, discriminação, falta de educação e respeito, violência e crueldade. Desejo a todos os netinhos, muita luz, força, fé e coragem para seguir em frente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário